MASP, MIS, MAM e Pinacoteca estão recheados de novas exposições que integram o calendário cultural da cidade neste mês de agosto
Originalmente publicado em: https://casacor.abril.com.br/arte/exposicoes-nao-deixar-de-ir-agosto-2023/amp/
O mês de agosto está com uma programação culturalrecheada na cidade de São Paulo! Diversas exposições já desembarcaram no calendário cultural da capital, entre elas, destaque para “Realidades e Simulacros“, no MAM e a exposição inédita do “B.B. King: um mundo melhor em algum lugar“, no MIS.
A seguir, listamos 9 exposições que você não pode deixar de conferir neste mês de agosto na capital paulista!
1. Sheroanawe Hakihiiwe: tudo isso somos nós – MASP
Sheroanawe Hakihiiwe (Sheroana, Venezuela, 1971) é um artista Yanomami que, desde a década de 1990, produz desenhos, monotipos e pinturas. Sua linguagem artística delicada, abstrata e mínima usa linhas retas e curvas orgânicas, pontos, círculos, triângulos, zigue-zagues, arcos e cruzes. Assim, a mostra de Sheroanawe Hakihiiwe integra o ano de programação do MASP dedicado às histórias indígenas.
Com 48 trabalhos, esta mostra leva o subtítulo Ihi hei komi thepe kamie yamaki [Tudo isso somos nós], sugerido por Hakihiiwe para incorporar a diversidade de elementos que formam sua comunidade e seu entorno. “Tudo isso somos nós”, para o artista, significa “tudo aquilo que está ali na selva.Vivemos todos lá, e não é só nós. Lá tem grandes rios, grandes lagoas, os animais, todos os insetos. Vou resgatando tudo que está lá onde vivo”.
2. Realidades e Simulacros – MAM
Até 17 de dezembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) convida seus visitantes a perceber a realidade de outra maneira e interagir com outras dimensões através da nova exposição “Realidades e Simulacros“, que apresenta obras inéditas em realidade aumentada no Jardim de Esculturas e em diferentes pontos do Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Com curadoria de Marcus Bastos, artista e pesquisador na convergência entre audiovisual, arte e novas mídias, e de Cauê Alves, curador-chefe do MAM, a exposição reúne obras do Coletivo Coletores, Daniel Lima, Dudu Tsuda, Eder Santos, Fernando Velazquez, Giselle Beiguelman, Katia Maciel, Lucas Bambozzi, Regina Silveira e Paola Barreto. Cada artista recebeu um convite da curadoria para criar experiências digitais, obras virtuais em realidade aumentada que integram o jogo de multiplicidades que é a exposição.
3. ELÃ, por Hanz Ronald – Galeria Plexi
A partir de 24 de agosto, o público poderá conferir de perto os trabalhos da jovem artista Hanz Ronald, de apenas 27 anos, que busca relacionar elementos figurativos com abstratos. A mostra “ELÔ, na Galeria Plexi, exibe dez obras inéditas, entre pinturas e desenhos, que partem de um olhar pessoal eíntimo sobre os desejos e inquietudes do artista.
Destaque para a obra O toque de tudo e todas as coisas (2023), que Hanz utiliza massas de cor e sobreposições de formas, fazendo com que corpos fragmentados se conectem por pinceladas expressivas e abstratas de um líquido.
4. B.B. King: um mundo melhor em algum lugar – MIS
Até outubro, diversos itens da vida e obra de B.B. King estarão disponíveis para visitação do público em uma exposição inédita no MIS dedicada ao Rei do Blues. A mostra “B.B. King: um mundo melhor em algum lugar” pega emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão, proporcionando uma experiência sensorial.
Primeira exposição inteiramente dedicada ao artista no Brasil, o projeto traz itens históricos da vida de B.B. King. Entre os destaques, estão imagens do acervo do B.B. King Museum, de diversas fases da carreira do artista, desde o jovem Riley Ben King, aos 23 anos, com o violão Gibson L48, de Michael Ocs, até seu retrato exibindo o prêmio de Melhor Álbum de Blues Tradicional na 42ª Cerimônia do Grammy, em 2000.
5. Masterchef – Imersão & Sentidos – Shopping Vila Olímpia
A partir de 20 de agosto, a imaginação dos fãs do realityculinário mais assistido do mundo, o Masterchef, poderão contar com a exposição imersiva do reality no Shopping Vila Olímpia. A partir de experiências tecnológicas imersivase sensoriais, a mostra explora os cinco sentidos com os mesmos sabores, aromas, sons, texturas e elementos visuais do estúdio comandado por Ana Paula Padrão.
6. Japão em miniaturas, por Tatsuya Tanaka – Japan House
Cenas do cotidiano, da paisagem e das tradições japonesas ganham vida no formato de miniaturas através pelas mãos do artista e fotógrafo japonês Tatsuya Tanaka. Seu trabalho, que ilustra o conceito “mitate” – na qual a arte em miniatura é fotografada com a temática de bonecos de diorama e coisas do dia a dia –, está em exibição na Japan House São Paulo até o dia 08 de outubro de 2023, com entrada gratuita.
Ao todo, as 37 obras foram criadas a partir de elementos como conchas, alimentos como macarrão e sushi, itens de maquiagem, canudos, pregadores, leques, entre outros objetos do dia a dia japonês; que estarão divididas em cinco grupos principais: estações do ano e seus eventos, cenas do Japão tradicional, cenas do Japão moderno, vida cotidiana e práticas tradicionais.
7. “Solastalgia” – MAC USP
O conceito de solastalgia – estresse mental e/ou existencial causado por mudanças ambientais abruptas, não só por consequências naturais, mas também por modelos de extrativismo danosos – norteia e intitula a exposição inéditaque o cineasta, artista visual e pesquisador em novas mídias, Lucas Bambozzi, exibe até 1º de outubro no MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
A mostra, com curadoria assinada por Fernanda Pitta, traz quatro videoinstalações que servem como uma espécie de convite para o público refletir sobre o impacto social e ambiental das atividades mineradoras no Brasil.
8. Iole de Freitas — IMS
A mostra que fica até 24 de setembro reúne fotos e filmes dos tempos em que a artista Iole de Freitas viveu em Milão, Londres e Nova York. Pouco conhecidas pelo público brasileiro, as obras também abordam temas como o movimento e a passagem do tempo.
Ao reunir a produção de Iole da década de 1970, a exposição evidencia a potência dessas obras da artista que, vistas sob a luz dos debates contemporâneos, continuam suscitando novas questões e perspectivas.
Ao visitar a exposição, o público poderá conhecer um períodocentral na trajetória da artista, no qual ela começa a explorar temas como o movimento e a transparência, que viriam marcar toda a sua obra posterior.
9. “Marta Minujín: Ao vivo” – Pinacoteca
A exposição “Marta Minujín: Ao vivo” é a primeira mostra panorâmica no Brasil de uma das artistas latino-americanas mais relevantes da sua geração. Exposta na Pinacoteca de São Paulo, a mostra articula mais de 100 obras da argentina Marta Minujín, que transita entre diversas linguagens, escalas, circuitos artísticos e sociais.